quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As outras pessoas.


Sabe, eu recebi um e-mail ontem que me incomodou um pouco. Eu ainda me importo com o que dizem as pessoas e não consigo ser diferente disso. Eu sofro com tudo que elas dizem e falam. Essa amiga me disse que não entendia porque eu estava largando tudo. Que não era normal.
Gente, eu não estava feliz, eu estava morrendo, murchando, me acabando. Eu olhava no espelho e não me enxergava mais. Não existe nada pior que isso. Mas as pessoas parece não se importar com isso. Mas eu me importo.

Acho que só um poema pra me socorrer nessa hora.

Poema ao Silencio

Silencio, cobre meu pensamento e o meu coração
Cobre o meu corpo do desejo dos homens
E a minha sombra da luz do sol
Cobre a te a lembrança dos meus passos
E o som da minha voz
Cobre a minha caridade e a minha fé
A vontade de morrer e também a de viver
Estende-te sobre o colorido das paisagens
Interpõe-te na minha respiração e no meu pestanejar
Cobre-me desde o início da minha concepção
Enrola-te no duplo de mim mesma
Transforma-me em fragmento de ti próprio,
Penetra no meu principio e no meu fim,
Cobre-me bem, com tanta amplitude e intensidade
Que possa eu ser esquecida
E me esquecer por toda a eternidade!

Adalgisa Nery

Acho que eu vou caminhar pra ver se tudo isso que está aqui dentro passa de uma vez.

3 comentários:

Domingos disse...

Não precisa te preocupar em me alcançares porque ando sempre por aqui. Lindo blog e fica bem porque as pessoas são assim mesmo, viu? Nunca lembram de observar o fator não estar feliz. Assisti um filme essa madrugada que falava disso.
Abraços, Domingos.

Luciano Fabre disse...

Dificil entender o outro, não é mesmo? Difícil aceitar que não é fácil ser o que os outros acham que devemos ser. Mas vá em frente.
Bjos

Laura disse...

Temos que fazer o que sentimos vontade, independente das opiniões alheias.
Gostei do poema.


Bjs*